Escoliose: Junho Verde é o mês da conscientização sobre as causas e tratamentos da condição
14/06/2023

O mês de junho foi escolhido para ser o período de conscientização sobre as causas e tratamentos da escoliose. A condição nada mais é que a curvatura lateral da coluna vertebral, geralmente com forma de “S” ou de “C”. Ela afeta 3% da população mundial. O médico ortopedista e membro titular da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), Valmir Fernandes, explica que a escoliose não é uma doença. Os sintomas mais comuns da escoliose são ombros ou quadris que parecem assimétricos, coluna vertebral curvada para um dos lados e sensação de desconforto muscular.
"A condição consiste em uma alteração para alguns dos lados da curvatura natural da coluna vertebral. É uma deformidade, podendo ou não ser acompanhada de rotação das vértebras", explica o médico. Existem vários tipos de escoliose, mas as mais comuns são: congênita, neuromuscular e idiopática. "Na congênita, o problema é a má formação da da estrutura vertebral decorrente de um problema com a formação dos ossos da coluna vertebral (vértebras) ou de um problema de fusão dos ossos da coluna. A neuromuscular acomete o paciente após doenças ou distúrbios que acometem o sistema nervoso central, os nervos e os músculos como paralisia cerebral ou muscular, sequela de doenças neurológicas (como a poliomielite) e distrofia muscular", afirma Valmir Fernandes.
Já a escoliose idiopática tem este nome por não possuir causa conhecida, não sendo possível determinar a origem do desvio da coluna. Ela é a mais agressiva quando não tratada e por isso justifica a necessidade da conscientização. "Em síntese, a escoliose, se não for tratada, pode causar, junto com as disfunções estéticas, complicações cardiorrespiratórias e até musculoesqueléticas", alerta. O tratamento, contudo, envolve o uso de órteses e coletes, além da cirurgia. "Vai depender da idade óssea e do valor angular da escoliose. Até 20 graus, observamos. De 20 a 40 graus, utilizamos o colete. A partir de 40, indicamos a cirurgia", conclui. Simbora lá?